Postado em 18/03/2013
A temperatura corporal
interna do ser humano é mantida dentro de limites próximos a 37°, e febre é a
elevação dessa temperatura corporal.
No nosso meio a medida da
temperatura axilar é a comumente usada, e a sua elevação quando excede a 38°
deve ser considerada suspeita e provavelmente febre.
A febre é considerada um
sinal e não diagnóstico, portanto o tratamento do paciente deve ser dirigido
para a causa da febre.
O uso indiscriminado de
antitérmicos em crianças com febre, sem foco definido pode mascarar a evolução
de doenças graves.
Geralmente os médicos
indicam a utilização de antitérmicos para reduzir o desconforto, a irritação e
a falta de apetite das crianças com febre, considerando desnecessário tratar
crianças com temperaturas inferiores a 38,5°. No entanto, muitos pais têm verdadeiro
pavor da febre e para diminuir sua própria sua própria ansiedade, utilizam de
forma excessiva medicamentos, mesmo com a criança apresentando febre baixa. Há
um grande temor entre os familiares do risco de convulsão febril, que ocorre em
crianças com idade entre 6 meses e 5 anos. Cabe ao pediatra esclarecer que a
convulsão febril ocorre somente em 4% das crianças, raramente complica e se dá
durante a elevação abrupta da temperatura, e que por este motivo dificilmente
pode ser prevenida pela administração de antitérmicos.
A imersão da criança em água
morna e a utilização de compressas frias podem ser associadas aos antitérmicos,
somente nas situações em que a criança apresentar temperatura muito elevada
(acima de 39°) e essas medidas devem ser interrompidas se a criança apresentar
tremores.
O emprego de álcool em
banhos ou compressas é contra indicado, devido ao risco de ser absorvido e
intoxicar a criança.
Fonte:
Daleth Rodrigues Scaramuzzi e Lucia Ferro Bricks - Pediatria em Consultório - 5
edição – 2010
Eduardo Antonio dos Santos Junior é Pediatra da Policlínica desde 26 de novembro de 1975 e membro da Sociedade Brasileira de Pediatria desde 28 de janeiro de 1982.
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