Postado em 05/08/2013
Na última sexta-feira (2/8), fez
dez anos que a saúde pública brasileira e mundial perdeu um de seus maiores
nomes: Sergio Arouca. O sanitarista, morto aos 61 anos em decorrência de um
câncer, é reconhecido por sua produção científica e a liderança
conquistada na construção do Sistema Único de Saúde (SUS). Foi presidente da
Fiocruz em 1985, momento marcado pela democratização da Fundação, professor
concursado da Escola Nacional de Saúde Pública, além de chefe do Departamento
de Planejamento da ENSP. A tese de doutorado de Arouca, intitulada O dilema
preventivista: contribuição para a compreensão e crítica da medicina preventiva,
forneceu fundamentos teóricos estruturantes para a constituição da base
conceitual da saúde coletiva. Em seu aniversário de 49 anos (2003), a ENSP
agregou o nome de Arouca ao seu, tornando-se Escola Nacional de Saúde Pública
Sergio Arouca.
Arouca nasceu em Ribeirão Preto (SP) e formou-se médico, em 1966, pela Universidade de São Paulo (USP). Em sua vida acadêmica, buscou vincular-se sempre com as propostas de democratização da sociedade brasileira na defesa de que todo cidadão tenha direito à saúde, entendida não só como assistência médica, no momento adequado e com a qualidade necessária, mas também como uma série de condições para que a população não adoeça: reforma agrária, educação, lazer, liberdade, habitação digna, transporte etc.
O sanitarista foi um dos principais teóricos e líderes do chamado “movimento sanitarista”, que mudou o tratamento da questão da saúde pública no Brasil. A consagração do movimento veio com a Constituição de 1988, quando a saúde tornou-se um direito inalienável de todos os cidadãos, como está escrito na Carta Magna: "A saúde é direito de todos e dever do Estado".
Também teve uma atuação internacional. Quando foi consultor da Opas/OMS, contribuiu diretamente no planejamento do sistema público nacional de saúde da Nicarágua e participou de diversos outros projetos estratégicos da Organização, incluindo trabalho de consultoria no México, Colômbia, Honduras, Costa Rica, Peru e Cuba.
Arouca nasceu em Ribeirão Preto (SP) e formou-se médico, em 1966, pela Universidade de São Paulo (USP). Em sua vida acadêmica, buscou vincular-se sempre com as propostas de democratização da sociedade brasileira na defesa de que todo cidadão tenha direito à saúde, entendida não só como assistência médica, no momento adequado e com a qualidade necessária, mas também como uma série de condições para que a população não adoeça: reforma agrária, educação, lazer, liberdade, habitação digna, transporte etc.
O sanitarista foi um dos principais teóricos e líderes do chamado “movimento sanitarista”, que mudou o tratamento da questão da saúde pública no Brasil. A consagração do movimento veio com a Constituição de 1988, quando a saúde tornou-se um direito inalienável de todos os cidadãos, como está escrito na Carta Magna: "A saúde é direito de todos e dever do Estado".
Também teve uma atuação internacional. Quando foi consultor da Opas/OMS, contribuiu diretamente no planejamento do sistema público nacional de saúde da Nicarágua e participou de diversos outros projetos estratégicos da Organização, incluindo trabalho de consultoria no México, Colômbia, Honduras, Costa Rica, Peru e Cuba.
"Está em
curso uma reforma democrática não anunciada ou alardeada na área da saúde. A
Reforma Sanitária brasileira nasceu na luta contra a ditadura, com o tema Saúde
e Democracia, e estruturou-se nas universidades, no movimento sindical, em
experiências regionais de organização de serviços. Esse movimento social
consolidou-se na 8ª Conferência Nacional de Saúde, em 1986, na qual, pela
primeira vez, mais de cinco mil representantes de todos os seguimentos da
sociedade civil discutiram um novo modelo de saúde para o Brasil. O resultado
foi garantir na Constituição, por meio de emenda popular, que a saúde é um
direito do cidadão e um dever do Estado."
Sergio Arouca,
1998.
Fonte: http: //bvsarouca.icict.fiocruz.br/sanitarista05.html
Como ele faz falta. Que bom que foi lembrado.
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