Postado em 20/09/2013
Recentemente, o cantor sertanejo
Zezé di Camargo fez questão de tornar público os resultados de seus exames de
saúde. Ao comentar os índices de testosterona, afirmou que estavam “iguais ao
de um menino de 18 anos.”
Mas, atenção! Homens, antes de
correr para o consultório dos especialistas para checar a quantas andam as
taxas desse hormônio, é bom saber que, apesar de estarem ligados ao desejo
sexual (a libido), os níveis de testosterona não estão relacionados à
virilidade ou potência. “A qualidade sexual é individual.
Há homens com níveis de
testosterona mais altos e com problemas sexuais como ejaculação precoce e
disfunção erétil”, afirma Alexandre Hohl, presidente do departamento de
endocrinologia feminina e andrologia da Sociedade Brasileira de Endocrinologia
e Metabologia (Sbem).
“Não existe nenhuma referência
científica entre testosterona e desempenho
sexual. É comum os homens fazerem confusão entre libido e potência”,
explica o endocrinologista Cyro Guimarães Junior. Os valores normais da
testosterona total na corrente sanguínea para o homem adulto variam de 241 a
827 ng/dL. Na adolescência, esse número tende a ser maior e no idoso menor. Mas
nem todos apresentam redução. “Não é uma regra, como a menopausa”, diz
Guimarães Junior.
Estudos mostram que a
testosterona começa a cair fisiologicamente a partir dos 40 anos de idade, na
taxa de 1,2% ao ano. No entanto, esse ritmo pode ser intensificado se o homem
apresentar obesidade, diabetes,
sedentarismo ou usar drogas. Apenas uma parcela dos homens apresentará
sintomas e necessitará tratamento, principalmente após os 50 e 60 anos de
idade.
“De uma maneira geral, homens
adultos com sintomas como queda de libido, perda de massa muscular, fraqueza,
cansaço, osteopenia ou osteoporose , irritabilidade e testosterona total
abaixo de 300 ng/dL devem ser avaliados por um médico especialista para
possível tratamento”, explicita Alexandre.
É claro que valores acima do
normal também podem trazer prejuízos à saúde e ao bem-estar do homem. Segundo o
endocrinologista, isso só ocorre quando são usados esteroides anabolizantes
derivados da testosterona para ganho de massa muscular, algo comumente visto em
academias de musculação e entre atletas de algumas modalidades como
fisiculturismo. Nestes casos, os riscos estão relacionados ao uso dessas
substâncias de maneira inadequada (riscos para o fígado e o coração ),
completa o médico.
A testosterona é responsável pela manutenção das características masculinas,
influenciando diretamente a função sexual, humor, sono, força física,
disposição, ossos e qualidade de vida.
Fonte: iG/ Foto: Flickr
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