Postado em 14/11/2013
O Ministério da Saúde ampliou para 69 anos a idade máxima
para doação de sangue no Brasil, medida que amplia em dois milhões o público
potencial de doadores. A atual faixa etária para doação é de 16 a 67 anos.
Atualmente, são coletadas no Brasil 3,6 milhões de bolsas por
ano, o que corresponde ao índice de 1,8%. Embora o percentual esteja dentro dos
parâmetros da OMS, o Ministério da Saúde trabalha para chegar ao índice de 3%.
Em 2012, o Ministério da Saúde reduziu a idade mínima para doação de 18 para 16
anos (com autorização do responsável). Com a expansão das idades mínima e
máxima dos doadores, houve a abertura para 8,7 milhões novos voluntários.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também assinou nesta
terça-feira (12), portaria que torna obrigatória a realização do teste NAT
(teste de ácido nucleico) em todas as bolsas de sangue coletadas no
país. “A qualidade da rede de sangue brasileira já é reconhecida
internacionalmente. A implantação do teste NAT e o questionário (aplicado nos
hemocentros aos doadores) complementam o controle do sangue doado, por meio de
testes já realizados no SUS”, salientou o ministro. Lembrando que a totalidade
do sangue coletado na rede pública já é testada pelo NAT.
Durante o evento, o ministro anunciou que a
Fiocruz desenvolve tecnologia para detecção da hepatite B no teste NAT com
previsão de uso a partir do segundo semestre de 2014. O teste NAT será
realizado de forma adicional (para detecção de HIV e hepatite tipo C) somado
aos exames de sorologia que continuarão sendo aplicados. O Ministério da Saúde
também distribui vacina para prevenção da hepatite B.
Com a
nova portaria do Ministério da Saúde, todo sangue coletado no país deverá
passar obrigatoriamente pelo teste NAT para a detecção dos vírus HIV e da
Hepatite C. O sangue captado para doação deve ser submetido ao exame no momento
da coleta. O exame reduz a chamada “janela imunológica” para a identificação
mais rápida destes vírus.
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