Postado em 03/08/2013
A amamentação é um
momento de interação entre mãe e filho, além de trazer vários benefícios à
saúde de ambos. A mulher deve tomar alguns cuidados para que esse ato não gere
dor e desconforto. As principal queixa é ter o bico do seio rachado e sensível,
o que causa inflamações e dificulta o aleitamento.
A empresária Vivianne
Oliveira conta que quase desistiu de amamentar o filho. “Eu tive muita dor ao
amamentar. A lágrima realmente caia, mas eu sabia que era essencial para ele,
principalmente naqueles primeiros meses de vida”, declara. Assim como Vivianne,
muitas mulheres se queixam de dor durante a primeira fase da amamentação.
Segundo o coordenador de Saúde da Criança do Ministério
da Saúde, Paulo Bonilha, o contato entre mãe e bebê não é doloroso.
O desconforto costuma ser causado porque a boca da criança está mal encaixada
no peito da mãe. Ele orienta que ao sentir dor a mulher tire o bebê com cuido e
o coloque de novo para mamar.
Para saber se bebê está
“pegando” o peito direito, a mãe deve observar se a boca está bem aberta (boca
de peixinho) e se o mamilo e a maior parte da auréola estão abocanhados. “Do
ponto de vista prático, se está sobrando muita área escura para fora da boca do
neném, é porque a pega está inadequada”, explica.
O aleitamento materno é interrompido principalmente por
causa dos ferimentos nos seios durante a amamentação. É o que mostra uma
pesquisa da Organização Mundial da Saúde e do Unicef, realizada em 2009. De acordo com o
levantamento, 43% das mães param de amamentar antes que a criança complete três
meses de vida. A pesquisa revela que 58% das mulheres em fase de amamentação
apresentam algum tipo de trauma nos mamilos. Os machucados mais comuns são
rachaduras no bico dos seios.
Dicas – A mãe pode ficar
deitada, sentada ou em pé. O importante é que ela e o bebê estejam
confortáveis. O corpo do filho deve estar inteiramente de frente, ou seja, a
barriga voltada para o corpo da mãe, com a cabeça e a coluna em linha reta, no
mesmo eixo. A boca fica reta para o bico do peito. A mulher apoia com o braço e
mão o corpo e o “bumbum” do bebê.
O momento requer calma,
para não apressar o bebê. Quando o peito estiver muito cheio, antes de
amamentar, a mãe deve fazer uma ordenha manual para amaciar a aréola. Com os
dedos indicador e polegar, espremem-se as regiões acima e abaixo do limite da
aréola para retirar algumas gotas de leite e amaciar o bico.
Uma boa dica é encostar
o bico do peito na boca do bebê, para ele virar a cabeça, o chamado reflexo da busca.
Ele sozinho sabe como fazer isto. O filho é levado ao peito e não o contrário.
Outra importante sugestão é segurar o peito com o polegar acima da aréola e o
indicador e a palma da mão abaixo. Isto facilita a “pega” adequada. O bebê
abocanhando a maior parte da aréola suga mais leite e evita rachaduras. A mãe
deve ouvir o ritmo cadenciado de sucção, deglutição e pausa.
Campanha - O Ministério da Saúde lançou
a Campanha Tão importante quanto amamentar
seu bebê é ter alguém que escute você, nesta quinta-feira (1) em
Brasília, como parte da Semana Mundial de Aleitamento Materno, promovida pela Organização
Mundial da Saúde (OMS), com a adesão de 150 países.
O foco é no cuidado com
a capacitação de profissionais para atender mães em todo Brasil, garantindo o
aleitamento até os dois anos.
Como saber que a “pega” está adequada:
• Boca bem aberta;
• Lábios virados para fora;
• Queixo tocando o peito da mãe;
• Aréola mais visível na parte superior que na inferior;
• Bochecha redonda (“cheia”);
• A língua do bebê deve envolver o bico do peito.
• Lábios virados para fora;
• Queixo tocando o peito da mãe;
• Aréola mais visível na parte superior que na inferior;
• Bochecha redonda (“cheia”);
• A língua do bebê deve envolver o bico do peito.
Hoje em dia, as mulheres estão mais conscientes da importância da amamentação do que no tempo de nossas avós.
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