Postado em 03/10/2013
Azia, queimação, rouquidão, regurgitação, tosse e até
infecções respiratórias frequentes podem ser sinais de que o pequeno músculo
que separa o esôfago do estômago não está funcionando de maneira correta. Ele é
chamado esfíncter esofágico e funciona como uma tampa que separa o esôfago do
estômago e abre para engolirmos os alimentos. O normal é que o esfíncter fique
contraído durante o resto do tempo, para evitar que os alimentos e o ácido do
estômago voltem para o esôfago. Quando a pressão que o esfíncter esofagiano faz
não está sendo suficiente para impedir que este conteúdo do estômago volte para
o esôfago, ocorre o chamado refluxo.
De acordo com os especialistas, o mau funcionamento do esfíncter esofágico pode ocorrer por fatores como
obesidade, hábitos alimentares inadequados, deitar logo após ingerir grande
quantidade de comida, consumo demasiado de bebidas alcoólicas, tabagismo e
gravidez. “Toda condição que aumenta a pressão abdominal, aumenta a
possibilidade da ocorrência do refluxo do conteúdo do estômago para o esôfago.
Roupa ou cinto muito apertado, que pressione demasiadamente o abdome, pode ser uma
condição”, observa o médico.
A dieta para evitar o refluxo se baseia na ingestão de
alimentos que não estimulam demais o estômago a produzir suco gástrico. Por
isso, o gastroenterologista recomenda evitar café e derivados da cafeína,
bebidas alcoólicas, chocolate, extrato de tomate, refrigerantes, carnes gordas,
embutidos, frutas e sucos de frutas cítricas, além de alimentos muito
condimentados ou apimentados. Ele acrescenta que a prática regular de
atividades físicas de intensidade leve a moderada é importante para reduzir as
chances de ocorrer o refluxo.
O médico ressalta que há casos em que o refluxo é
frequentemente notado na hora de dormir, devido a fatores que vão desde a dieta
errada à postura durante o sono. “É aconselhável dar preferência por refeições
fracionadas durante o dia e com porções menores no jantar para reduzir a
quantidade de ácido produzida antes de dormir. É indicado evitar deitar logo
após comer. Dormir com cabeça e torso elevados por dois travesseiros também
ajuda a reduzir o refluxo”, orienta André Nazar.
Refluxo infantil - É normal o bebê golfar um pouco de leite depois de
mamar ou até vomitar vez ou outra. Algumas crianças, no entanto, golfam em
grande quantidade e isto pode ser sinal de refluxo. “Associado ao soluço
extremo, infecções respiratórias recorrentes ou tosse, e até mesmo
desencadeando crises de asma, a possibilidade de refluxo deve ser levada em
conta”, frisa o gastroenterologista do HSE.
O diagnóstico do refluxo tanto nos bebês quanto nos
adultos deve ser clínico, ou seja, feito por um médico baseado no exame físico
do paciente e na descrição dos sintomas. “É importante procurar um especialista
para identificar necessidade de uso de medicamentos e acompanhamento. O
tratamento, em casos mais sérios, pode ser cirúrgico. Um dos exames para
confirmar o refluxo é a endoscopia digestiva, que permite observar, inclusive
se o esôfago está inflamado , popularmente conhecido como esofagite”, explica
André Nazar.
http://www.blog.saude.gov.br/refluxo-pode-ser-causado-por-fatores-como-obesidade-e-habitos-alimentares-inadequados/
0 comentários:
Postar um comentário